quinta-feira, outubro 16, 2014

Emoções associadas



  




Certo dia, um aguerrido samurai procurou um mestre zen para lhe explicar os conceitos de Céu e Inferno.

Ao pedido o monge respondeu-lhe: “Não passas de um estúpido e eu não posso perder tempo com gente como tu!”.

Ofendido, o samurai encheu-se de raiva e, puxando da espada, gritou avançando para o mestre: “Podia matar-te pela tua impertinência!”.

“Isto”, replicou calmamente o monge, “é o Inferno”. 

Sobressaltado ao ver a verdade que acabava de ouvir a respeito da fúria que o dominava, o samurai acalmou-se, devolveu a espada à bainha e fez uma vénia, agradecendo ao monge aquela lição.

“E isso”, disse o monge, “é o Céu”.


 
Apercebermo-nos da frequência com que as emoções nos presenteiam diariamente? Basta que, para o efeito, consigamos assumir que as palavras que proferimos, para além do seu significado, têm também um propósito emocional correlacionado com o sentir pessoal.
A utilização da inteligência emocional é fundamental para a nossa qualidade de vida. Dados científicos recentes confirmam aquilo que há várias décadas é ensinado nos cursos de PNL. É possível modificar as emoções associadas a memórias de forma a suavizar acontecimentos dolorosos do passado. Por exemplo, os casos de depressão e de stress pós traumático que atingem os veteranos de guerra. Os investigadores concluíram que a interacção entre o hipocampo (parte do cérebro que concentra as recordações) e a amígdala (depósito de lembranças sensoriais) é mais flexível do que se pensava. 

Uma nova experiência pode dar origem a novas emoções e dominar a que está “impressa”. A crença original pode desaparecer? Não pode ser apagada, mas pode ser substituída, caso seja a intenção; os hábitos "adquiridos" alterados, bastando querer modificar os circuitos neurais.
De realçar que, até agora, os cientistas só observaram este fenómeno quando se tratava do hipocampo, sensível ao meio ambiente, e não foi possível condicionar a amígdala. Uma curiosidade: já reparou que, quando pensa numa qualquer situação menos positiva, tem a possibilidade de modificar esse caminho e recordar-se de algo de verdadeiramente agradável? Os pensamentos não se sobrepõem, como os tijolos de uma edificação. Já as emoções, sim.
Mude a sua vida modificando a forma como se sente! Experimente, quando por qualquer motivo, for "invadida/o por uma pensamento tóxico, pensar no seu oposto, procurando a percepção benéfica e agradável. Depois, diga como se sente!  

Todos temos um espaço de tempo para optar entre a identificação e caracterização de um estímulo externo e a resposta ao mesmo. É daqui que pode surgir a nossa felicidade!