sábado, agosto 18, 2012

Comunicar





Não há como não comunicar! Mesmo quando não respondemos a mensagens, estamos a comunicar. Quer queiramos, quer não estamos a “passar” uma mensagem. Até através da linguagem corporal emitimos os mais variados “sinais” sobre o nosso estado de espírito. Curiosidade: quanto mais longe do centro cerebral está a zona emissora dos reflexos fisiológicos, mas autênticos eles se revelam. Menor interferência e controlo cerebral existe. Quando pretendemos disfarçar qualquer sensação menos agradável não é a face o nosso primeiro cuidado? Por isso, são os membros inferiores aqueles que melhor traduzem a linguagem pessoal não-verbal.   

Neste tipo de circunstâncias comunicacionais e enquanto propulsores verbais ou redaccionais, sujeitamo-nos a ser incorrectamente interpretados. Quando interagimos, enquanto emissores, temos sempre a intenção de influenciar um ou vários receptores. Utilizamos palavras que reflectem uma determinada conotação com as nossas crenças/hábitos e, menos vezes, com os nossos pensamentos . Estas expressões estão impregnadas de significado e sentimento, e são estes mesmos paradigmas que as palavras que proferimos pretendem espelhar.
Mas, a maior parte das vezes, não realçamos as emoções do que dizemos, mas antes, tomamos a frase ou discurso como um todo, em que a única intenção é transmitir ao receptor qual a nossa pretensão ou opinião sobre um determinado assunto. Comunicar é um verbo! Como todos, reflecte uma acção. Quem a praticou? E quantas vezes responsabilizamos o receptor pela ineficácia conseguida na nossa acção, já para não falar nas críticas veementes que endereçamos. É importante perceber que, para além da vertente sentimental que as palavras carregam, elas têm um significado. E não poucas vezes e até nos assuntos mais importantes, esse significado diverge de pessoa para pessoa consoante a sua realidade do mundo que a rodeia. E quanto aos critérios emocionais, provavelmente, as divergências ainda são maiores. 

Há sempre uma linha que separa o estímulo da reacção e que a pode transformar em acção, ou seja, uma resposta consciente. 

Podemos até pensar que a mensagem que lemos, enquanto receptores, não tem resposta. A questão é que, se alguém nos remete uma mensagem, não pretenderá uma resposta, uma opinião? Raras são aquelas que são meras informações com o único objectivo de pura e simplesmente dar sequência a um testemunho que decorre de um qualquer pensamento/suposição e que, pretensamente, vai auxiliar/interessar a alguém. A título de exemplo, bem recentemente me lembro de ter enviado um alerta para alguém que vive no estrangeiro sobre o facto de, em Portugal, o metropolitano já ter disponível uma linha de acesso até ao aeroporto. É opinião pessoal que, neste particular, a ausência de resposta é perfeitamente aceitável ou, como opção alternativa, um agradecimento sem mais sequência.

Um pequeno exercício. Escolha uma palavra, por exemplo, liberdade. Que significado tem para si? Escreva todas as características numa folha de papel e guarde-a. De seguida, execute o mesmo trabalho com a palavra fama.
Após ter terminado e sem proferir qualquer comentário sobre os resultados, proponha-os a outra pessoa. Detectou convergências? E divergências? Ficou surpreendida/o?             

Aproveito a oportunidade para divulgar o meu portal (www.coachoice.com) sobre o assunto Coaching e indagar os leitores:

- Numa escala de 1 a 10 qual a importância desta temática na sua vida pessoal?
- Como acha que se pode melhorar este tipo de interacção?