sábado, setembro 24, 2011

Cada moeda tem 2 faces. Porquê escolher a menos positiva?

 
Foi a leitura do poema infra, recebido através do gentil envio de uma mensagem, que me fez expor o que penso e sinto sobre o tema.

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'
.É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

Numa primeira fase, o Coaching foi uma curiosidade e um enigma. Curiosidade semelhante à de uma criança que, no início do seu processo de aprendizagem, mexe e toca em tudo o que lhe aparece à frente ou lhe causa estranheza. Enigma equivalente ao comportamento que temos quando desconcertamos algo para nos apercebermos como funciona. Por vezes sobram peças e, tristes, concluímos que, o que estava a funcionar, deixou de acontecer. Ou seja, que observamos a sua “alma” mas não percebemos o que se passa no interior da aparência externa a que, por vezes, damos uma desmesurada importância. Há uma tendência de catalogar e dimensionar. O ego necessita de julgar!      
A formação, a experiência, a partilha, a auto-aprendizagem, o diálogo e muitos outros eventos fizeram parte da pesquisa sobre esses meandros e, pouco a pouco, fui-me apercebendo que a complexidade humana é um aliciante desafio, mas, simultaneamente, um objecto extremamente enriquecedorao mesmo tempo, inibidor. Por outras palavras, compreender os comportamentos humanos revela-se fascinante, mas também se torna difícil pela muita resistência que empregamos a ver-nos “ao espelho” e pela força que empregamos quando nos pedem que deixemos cair as nossas “máscaras”.
No fim de contas, minamos a possibilidade de nos compreendermos e, como consequência, de nos apercebermos onde está a origem de um certo e determinado incómodo ou dor. É uma questão de justiça para com o nosso corpo! Ele só quer ajudar-nos na nossa sobrevivência. E qual a nossa reacção?    
A tendência é, mais vezes do que seria recomendável, culpabilizar alguém ou responsabilizar terceiros. A título de exemplo e hoje mais do que nunca, bastará ler ou ouvir os comentários sobre a actual situação do país, como se a situação não tivesse sido um processo gradual e cumulativo e em que pouco adianta procurar bodes expiatórios.
O passado não tem alteração. A mudança só existe no provir.
O mesmo se passa com o ser humano! O magistral poema é muito mais explícito que algo que possa escrever. Por isso, sugiro. Tal como só agora penso ter compreendido a profundidade da máxima “Conhece-te a ti próprio”, atrevo-me a dirigir-lhe esse repto. Faça o mesmo e veja a transformação…