quarta-feira, maio 07, 2014

É influenciável?





Li esta pergunta algures. A primeiríssima reacção é responder em surdina mas enfatizadamente que não. Depois, ao fazer aquela escolha mais acertada de parar no tempo e optar por reflectir, lá me decidi que sim, sou influenciável. Para o efeito fiz-me mais algumas perguntas que decidi partilhar.  

Uma significativa percentagem dos nossos comportamentos é automática e, como tal, inconsciente. Já se questionou se pensa o que quer e quando quer? Sente liberdade quanto ao seu pensamento ou, antes pelo contrário, sente-se por vezes como que amordaçada/o? E a opinião dos outros, quando e em que circunstâncias nos afectam?

Um dos mais comuns cenários é quando nos deparamos com o “medo de falhar” e a forma como encaramos os resultados menos positivos. Sobrecarregamos um fardo de pretensa perfeição sem sequer nos apercebermos que ela não existe. Ao aceitarmos uma perspectiva evolutiva e de continuada aprendizagem, as metas tornam-se mais subjectivamente tangíveis e, como consequência, as oportunidades começam a surgir e como que nos empurram para a acção. De repente, parece que fomos bafejados com a “sorte” dos audazes.    
Foi aliás isto que aconteceu a Thomas Edison, um dos mais pródigos inventores do século passado, que dizia: “Eu não falhei. Apenas me deparei com 10 mil formas que não resultaram.”

Outra possibilidade é considerarmos que “não temos valor”. A acrescer a esta crença e inverdade, nem sequer paramos para repararmos que é algo que vem do exterior, como que nos é arremessado a despropósito.
Há que procurar fundo, se necessário, para sentir e vestir aquela pele que nos transporta para um cenário em que, se preciso for, a única recompensa pelo trabalho desenvolvido é a ausência de cansaço e o êxtase de um futuro risonho. O sentimento de culpa e o fazer somente o que esperam de nós dão lugar à visão e à descoberta de um qualquer ou mais talentos únicos. Já reparou que, tal como através das suas impressões digitais lhe asseguram que não há mais ninguém com aquelas mesmas características, também pode assumir que tem um talento exclusivo que lhe permite a diferenciação?

Em alguns casos assumimos que “não somos capazes”. Por vezes sem experienciar seja o que for, esta ideia assusta-nos. Parece até que alguém ordenou que reduzissem a nossa real dimensão.
Com cada vez maior frequência temos tido acesso a exemplos fantásticos de determinação e resiliência. Podemos decidir entregar a confiança a outras pessoas e outorgar que sejam elas a decidir o que devemos fazer ou chamar-lhe auto-estima e assumir o controlo das rédeas como se fossemos um tal McNamara a galgar a nossa onda.

Os noticiários, as imagens, as conversas só revelam constantes e diferentes imagens e fontes de preocupação. Somos responsáveis pelos resultados das nossas experiências! Preocuparmo-nos torna-se um hábito e, quando tal acontece é fruto de uma determinada forma de pensar. Pré ocuparmo-nos com circunstâncias ou situações leva-nos a sofrer por antecipação; a desconsiderar a esperança que o amanhã nos reserva através do que pensamos e agimos hoje; a prever que o caminho será feito de problemas e obstáculos que, em vez de nos propiciarem desenvoltura, se transformarão em paredes imensas que nos barrarão o acesso aos próprios interesses.

“Quem sou eu para mudar seja o que for?!”. Mas a questão, assim colocada, remete-nos para um quadro de intrínseca falsa incapacidade e de involuntária descompensação perante as perspectivas que nos rodeiam.
   
São os factores externos que influenciam os seus comportamentos ou, antes pelo contrário, é o que pensa que condiciona as suas atitudes e decisões? 

Se o bem-estar está a rondar, felicito-a (o), caso contrário abrace a mudança! Limite-se a acompanhar a constante movimentação de energias positivas que estão ao dispor de todos.