sábado, fevereiro 25, 2012

CHO

CHO. Já ouviu falar? Chief Happiness Officer. As empresas já têm o CEO, o CFO, e porque não um CHO? Já pensou em ter um na sua empresa? Teria colaboradores mais felizes e quem sabe isso não faria aumentar a rentabilidade do negócio.
Este conceito,  criado pelo especialista dinamarquês em felicidade no trabalho, Alexander Kjerulf, teve como pioneira em Portugal uma empresa de aparelhos auditivos. Quando os objectivos são atingidos, por exemplo, os de vendas a empresa tem a preocupação de reconhecer e motivar os cerca de 200 colaboradores com alguns mimos criando, assim, uma rede de afectos que envolve todos os quadrantes. Quem dá e quem recebe. Neste particular, trata-se tão-somente do envio de chocolates para “adoçar” não estando em causa um grande investimento, mas antes um comportamento carinhoso e respeitoso. Como a empresa tem lojas espalhadas por todo o país, o seu CEO, implementou um modelo “on line” que possibilita a intervenção e interacção de todos para todos, de forma a que os parceiros de actividade possam partilhar e participar opiniões, comentários e sugestões. Através de uma plataforma interactiva os questionários contribuem para saber da satisfação dos colaboradores e pública, com conhecimento de todos, as sugestões e as propostas de melhoria das práticas da empresa. "No início de Dezembro, um colaborador sugeriu colocar televisores nas salas de espera das lojas para deixar os clientes mais calmos e menos impacientes. Considerámos que a sugestão tinha pertinência e enviámos para a direcção analisar", afirma o director de recursos humanos.   
Muitas vezes sentimo-nos felizes e nem nos preocupamos em compreender a sua génese. Acontece! Já está, como que por magia. Se estou feliz, por que razão tenho de ter trabalho para reflectir sobre o que se está a passar. É uma emoção, é um sentimento, é um estado de espírito, o que é? Qual quê! Estou satisfeito, estou alegre, estou contente, não é tudo a mesma coisa? Se estou bem, estou bem, ponto final!
O responsável do exemplo empresarial só tem oportunidade de conhecer o bem-estar das pessoas, em primeiro lugar se ele próprio estiver sensibilizado para o facto. Provavelmente essa capacidade advém de ele se questionar a si mesmo e de compreender que os resultados poderão ser totalmente diferentes se conseguir inspirar os seus “parceiros” para percorrerem o mesmo caminho. Não será de um dia para o outro, mas pode ser contagioso quando nos apercebemos das revelações fantásticas que poderemos conseguir atingir.
Sempre que tentarmos ser felizes é porque foi essa a nossa opção e essa opção significa que renunciámos à tristeza. A vida é um jogo de escolhas e temos a oportunidade de as reservar para nós próprios e de espalhar esta virose. 
Independentemente do cenário ou das circunstâncias, os resultados serão melhores se, conscientemente, nos cuidarmos. E este cuidarmos significa darmos atenção a quem devemos respeitar. Em primeira instância nós mesmos, pois esta mudança de atitude irá ter reflexos pessoais e, quase sem nos apercebermos, os que nos rodeiam, irão notar diferenças para as quais não estavam despertos. 
Em muitos casos um simples cumprimento de início de dia, pode espelhar que não andamos cá por arrasto, mas porque o nosso bem-estar está presente e é efectivo. Sei o que quero e o que não quero. Em vez do monocórdico e arrastado, "bom dia", experimente um sentido abraço e importe-se com quem partilha a vida, "como estás?". Se a resposta for "vai-se andando", incentive e transmita a importância que as opções têm e que a escolha pode ser outra, tal como, "estou óptimo e pronto para obter as melhores compensações das próximas 24 horas".         
Para ser o CHO da sua Vida, o que tem de fazer? A quem entregaria um Óscar pelo desempenho?