quinta-feira, setembro 01, 2011

Ajustamento de atitude


Agora que a maior parte dos portugueses já gozou o seu merecido período de férias mais longo, será a minha vez na 1ª quinzena do mês. Para além do descanso, algum lazer, a oportunidade de disponibilizar tempo de qualidade ao agregado familiar, repor algumas leituras em dia, rever amiga/os, revisitar locais e regiões que nos trazem agradáveis memórias, enfim, uma quase infindável panóplia de circunstâncias e possibilidades. E que tal darmos importância a nós próprios?
Por acaso pensou sobre esta questão? Se não formos os interessados nesta iniciativa, quem a promoverá?
No entanto e antes de iniciar a minha oportunidade de desfrutar, gostaria de Vos realçar um expressão com a qual me deparei e me fez reflectir. Exactamente a que decidi atribuir ao título deste texto. Quanto mais não seja porque se coaduna com a que optei por utilizar para “baptizar” este blog.
De facto, toda a nossa existência é sustentada em desafios. Uns mais difíceis, outros menos, não se pretendendo aqui escrutinar esta quantificação, pois a simples leitura de um livro que para mim pode ser um fenómeno perfeitamente banal, porque escolhi um tema que de sobremaneira me agrada, me proporcionará conhecimento, me possibilitará perscrutar uma visão diferente (a do autor) sobre um assunto pelo qual nutro interesse (ex.: fotografia), para outra pessoa, esta tarefa ou exercício pode apresentar-se como algo menos interessante, independentemente da análise que possamos realizar sobre eventuais benefícios.  
Isto passa-se, inconscientemente, mais vezes do que nos apercebemos no nosso dia-a-dia. Se questionados, quantas vezes e sem nos darmos conta, a reacção é, à primeira, negarmos. Alguns segundos de espera, caímos em nós e acabamos por, sozinhos, já com a ajuda da nossa virtuosa consciência, aceder e admitirmos que as coisas podiam ter corrido de forma diferente. Já com as outras pessoas, nem sempre essa admissibilidade se apresenta como muito pacífica.
Os nossos pensamentos, antes de conscientes, são inconscientes e, estes, se “desenfreados” só em casos extremos serão uma boa opção. Um pouco à semelhança como ter um comando de tv, em que pode ligar e desligar. Se ligar há opções para vários gostos: filmes, desenhos animados, humor, culinária, história, arte, etc.  
Já pensou em ajustar o seu comportamento tal como pode decidir que programas quer ver? Quais os critérios de escolha? E quantas vezes é necessário comprar tantos monitores quantos os elementos que constituem o agregado familiar para que não haja uma rebelião?  
Tendo como base que os nossos sentidos nos permitem aferir o mundo que nos rodeia, é precisamente através dessa leitura que percepcionamos e armazenamos representativamente os fenómenos e os acontecimentos com que nos confrontamos. É esta “formatação” que, por vezes, nos limita e nos bloqueia.
Mas todo o enredo é da sua autoria e foi você que escreveu o guião. Como em todos os filmes há versões. Porque não reescreve a sua?      

Nos casos em que se adequa, bom regresso. Aos que optaram, como eu, por um período um pouco mais tardio, votos de boas férias e, para todos, até breve.