Decorridos que foram alguns anos sobre a realização de uma experiência em que cientistas italianos
haviam descoberto que os
cães abanam a cauda mais para a direita quando sentem emoções positivas
(ao verem o dono) e mais para a esquerda quando sentem emoções
negativas (perante a ameaça de um cão agressivo),
um mais recente estudo levado a cabo pelos mesmos investigadores e
cujos resultados foram publicados na revista
Current Biology
veio mostrar que os cães reagem de forma diferente conforme vêem um
outro cão a abanar a cauda mais para a direita ou mais para a esquerda. E
conseguiram também aperceber-se que os seus congéneres notam a
diferença e sabem interpretar os sinais!
Os
cientistas ainda concluíram que este comportamento espelha
o que se está a passar no cérebro dos animais. A activação do
hemisfério direito está interligada com o abanar da cauda para a
esquerda e, consequentemente, com emoções negativas; já o mesmo processo
realizado pelo hemisfério direito está associado às emoções
positivas. Mas como se pode testar e comprovar que “os outros” também
sentem essas mesmas cambiantes emocionais e se se apercebem delas?
Através da simples visualização de filmes em que os cientistas
monitorizaram as reacções de cães espectadores e de cães
actores.
Para
espanto de todos, constataram que o stress, a ansiedade
e o ritmo cardíaco aumentavam nos espectadores caninos pelo simples
facto de verem o cão actor a abanar a cauda para a esquerda; a calma e
descontracção eram reconhecidas, do mesmo modo, quando o abanar da cauda
acontecia para a direita.
Também nós humanos reagimos, a maior parte das vezes,às situações e às
circunstâncias envolventes de uma forma automática e sem nos concentrarmos nas reais motivações e intenções. A grande diferença está
na possibilidade de utilizarmos o
neo córtex que sustenta a
capacidade de nos diferenciarmos e, efectivamente, podermos justificar
sermos detentores de um tipo de inteligência que raramente nos lembramos
de ter: IE sobre a qual Daniel Goleman já
se debruçou afincada e profundamente.
Entre a percepção ou recepção de um estímulo e a resposta ao mesmo, há um intervalo de tempo que nos possibilita utilizar a consciência e mudar rumo das atitudes inconscientes. É esta a grande capacidade que nos distingue da maioria das espécies. E tão poucas vezes a contemplamos! Pode fazer toda a diferença nas mais diversas situações
Entre a percepção ou recepção de um estímulo e a resposta ao mesmo, há um intervalo de tempo que nos possibilita utilizar a consciência e mudar rumo das atitudes inconscientes. É esta a grande capacidade que nos distingue da maioria das espécies. E tão poucas vezes a contemplamos! Pode fazer toda a diferença nas mais diversas situações
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