Quem reconhece que não tem problemas, ponha o dedo no ar! Ninguém? Vamos
lá então, quem não tem de lidar com problemas, ponha o dedo no ar!
Há já alguns anos e numa diferente fase da vida profissional, recordo
que um ex-companheiro quando questionado sobre o sucesso ou insucesso das suas
iniciativas no mercado financeiro, respondia: “eu nunca perdi!”. Como
se isso fosse possível para quem fosse minimamente activo?
Muitas das vezes, os chamados problemas são fruto do reflexo de experiências
passadas. Mas será que podemos mudar a perspectiva de maneira a que se
transformem numa solução? É isso que irei tentar abordar.
Um problema encerra a possibilidade de aprendermos sempre algo com a situação.
Se isto acontecer, o próprio sofrimento serve para que possamos reconhecer que
nos tornámos mais fortes em circunstâncias que, antes, entenderíamos como
impossíveis de ultrapassar. Para tal é fundamental debruçarmo-nos nas causas
dos acontecimentos.
Equacionemos 3 tipos de problemas: imaginários, subjectivos e dramáticos.
No entanto, de realçar que a solução que se revela eficiente para um
tipo muito provavelmente não se adequará a outro e que devemos ter em atenção
as idiossincrasias.
Assim, o 1º tipo perfaz uma elevada percentagem do que consideramos um “problema”.
Quantas e quantas vezes nos fragilizamos com pensamentos sustentados em meras
previsões? Há pessoas que não experimentam uma qualquer iguaria, porque não
gostam. Mas já provaram? Não! E não são só as crianças.
Soluções:
- Definir a real dimensão do problema;
- Reflicta sobre a coerência dos medos;
- Procure algo realmente importante para fazer.
Já os problemas objectivos são concretos e, como tal, requerem
respostas consentâneas.
Soluções:
- Enfrente-o sem delongas;
- Faça um efectivo enquadramento e perceba a sua real dimensão;
- Procure apoio/ajuda;
- Conceba um plano;
- Acção.
Por fim, os dramáticos incluem uma perda irreversível e não transitória.
Esta diferença comparativa acaba por revelar algo que não está sob o controlo
pessoal.
Abordagens:
- Manter a força interior;
- Aceitar a nova realidade;
- Reinvente-se, encontrando o que há de melhor em si e na situação;
- Realce a sua verdadeira dimensão humana e peça tudo a que tem direito.