Não há como não comunicar! Mesmo quando não respondemos a mensagens,
estamos a comunicar. Quer queiramos, quer não estamos a “passar”
uma mensagem. Até através da linguagem corporal emitimos os mais variados
“sinais” sobre o nosso estado de espírito. Curiosidade: quanto mais longe do centro
cerebral está a zona emissora dos reflexos fisiológicos, mas autênticos eles se
revelam. Menor
interferência e controlo cerebral existe. Quando pretendemos disfarçar qualquer
sensação menos agradável não é a face o nosso primeiro cuidado? Por isso, são
os membros inferiores aqueles que melhor traduzem a linguagem pessoal
não-verbal.
Neste tipo de circunstâncias comunicacionais
e enquanto propulsores verbais ou redaccionais, sujeitamo-nos a ser incorrectamente interpretados. Quando
interagimos, enquanto emissores, temos sempre a intenção de influenciar um ou
vários receptores. Utilizamos palavras que reflectem uma determinada conotação
com as nossas crenças/hábitos e, menos vezes, com os nossos pensamentos . Estas
expressões estão impregnadas de significado e sentimento, e são estes mesmos
paradigmas que as palavras que proferimos pretendem espelhar.
Mas, a maior parte das vezes, não realçamos as emoções do que dizemos,
mas antes, tomamos a frase ou discurso como um todo, em que a única intenção é
transmitir ao receptor qual a nossa pretensão ou opinião sobre um determinado
assunto. Comunicar é um verbo! Como todos, reflecte uma acção. Quem a praticou?
E quantas vezes responsabilizamos o receptor pela ineficácia conseguida na
nossa acção, já para não falar nas críticas veementes que endereçamos. É
importante perceber que, para além da vertente sentimental que as palavras
carregam, elas têm um significado. E não poucas vezes e até nos assuntos mais
importantes, esse significado diverge de pessoa para pessoa consoante a sua
realidade do mundo que a rodeia. E quanto aos critérios emocionais,
provavelmente, as divergências ainda são maiores.
Há sempre uma linha que separa o estímulo da reacção e que a pode transformar em acção, ou seja, uma resposta consciente.
Há sempre uma linha que separa o estímulo da reacção e que a pode transformar em acção, ou seja, uma resposta consciente.
Podemos até pensar que a mensagem que lemos, enquanto receptores, não
tem resposta. A questão é que, se alguém nos remete uma mensagem, não
pretenderá uma resposta, uma opinião? Raras são aquelas que são meras
informações com o único objectivo de pura e simplesmente dar sequência a um
testemunho que decorre de um qualquer pensamento/suposição e que,
pretensamente, vai auxiliar/interessar a alguém. A título de exemplo, bem
recentemente me lembro de ter enviado um alerta para alguém que vive no
estrangeiro sobre o facto de, em Portugal, o metropolitano já ter disponível
uma linha de acesso até ao aeroporto. É opinião pessoal que, neste particular,
a ausência de resposta é perfeitamente aceitável ou, como opção alternativa, um
agradecimento sem mais
sequência.
Um pequeno exercício. Escolha uma palavra, por exemplo, liberdade. Que
significado tem para si? Escreva todas as características numa folha de papel e guarde-a. De seguida, execute o mesmo trabalho com a palavra fama.
Após ter terminado e sem proferir qualquer comentário sobre os
resultados, proponha-os
a outra pessoa. Detectou convergências? E divergências? Ficou surpreendida/o?
Aproveito a oportunidade para divulgar o meu portal (www.coachoice.com)
sobre o assunto Coaching e indagar os leitores:
- Numa escala de 1
a 10 qual a importância desta temática na sua vida
pessoal?