Habitualmente
quando alguém se refere ao latim ou ao grego antigo, onde podemos beber as mais
variadas origens das palavras que diariamente utilizamos e cuja análise é
fundamental para compreendermos o significado de cada uma delas, denominamo-las
de “línguas mortas”. Porquê esta designação? Porque decorrente de
uma evolução linguística, já não há "falantes" nativos que as utilizem. Será que,
com o acordo ortográfico, o mesmo se irá passar com a língua que aprendi e
ainda hoje utilizo, quer na escrita, quer na versão falada?
Mas
isto tudo para abordar o tema da motivação. Com facilidade encontramos vídeos e
textos a incentivar ao conceito. Já os exemplos que existem, uns mais que
outros, são numa percentagem diminuta e todos são considerados como referências
a observar. Experimentemos, por exemplo, colocar como numerador da divisão a
quantidade correspondente à população nacional e, no denominador, aqueles que possam
ser genericamente considerados fruto e resultado de uma reconhecida motivação. Qual
é o resultado? Podem ser concretizadas as mais variadas experiências, mas
também será importante perceber porque razão uns alcançam certos e determinados
patamares e, outros, nas mesmas circunstâncias, têm resultados diferentes.
Motivação
deriva da expressão latina emovere
que, numa apreciação básica, nos diz que a sua génese indica movimento para o
exterior. Já se sectorizarmos a palavra, deduzimos que se trata de
“motivo” + “acção”. Que interesse em realizar uma
tarefa ou que desejo em planear uma férias? Depois, que planeamento? Que opções
deveremos considerar? Que resultados pretendemos? Que constrangimentos? Muitas
destas questões terão resposta em função da muita, pouca ou nenhuma motivação.
Logicamente que, o facto de tais iniciativas serem ou não novidades, poderão
também ter interferência nos níveis de motivação, mas….imaginemos que,
como não sabemos a quantidade de motivação de cada um, que tentávamos utilizar
os sentidos (sensações) para a descrever. Por exemplo, a cor. Imagine uma
qualquer tarefa, acção em que lhe atribui uma determinada cor.
Que cor
associaria à limpeza da casa? E à acção implícita na execução de exercício físico?
É algo que, independentemente da periodicidade, se apresenta como aconselhável!
Se ao imaginar o trabalho a fazer, “pintar” a cena com a cor preta,
castanha ou cinzenta, o discurso interno será, muito provavelmente, de
insatisfação, de dever, de necessidade e, como tal, de desinteresse. Se o
assunto alterar para o planeamento do próximo destino de férias ou conceber as
alternativas para o caminho a percorrer para que, já no próximo fim-de-semana,
se encontre com os seus melhores amigos, a cor (parece-me que já
estou virtualmente a ver) terá uma tonalidade bem diferente. Não estará
mais perto de uma qualquer cor mais clara (branco, amarelo, azul)? E não notou
transformações a nível fisiológico? Mas manter-se-ão as mesmas características se o trajecto tiver que ser percorrido
de avião? E se uns dos objectivos da viagem tiver incluida uma acção em que tenha de falar em público?
Estes
pequenos exemplos, possibilitam compreender que a qualidade, a constância e a
forma como nos sentimos têm um impacto directo e significativo nos níveis
motivacionais. Podemo–nos aperceber se a acção deriva de uma necessidade
ou de um desejo. Os resultados serão objectivamente diferentes.
Características
diferenciadoras:
Ø
Nas
cores escuras a energia move-se de fora para dentro; predomina o esforço, a
necessidade, a intensidade do que fazer; há algo que nos empurra para a acção,
mas há um igual ou maior contrapeso que nos parece alertar para “ir
descansar!”; por fim, a tarefa é fruto de uma decisão ou ordem;
Ø
Nas
cores claras a energia é intrínseca; estão subjacentes prazer, flexibilidade,
ambição, força de vontade no desempenho das acções; é uma sensação de fluxo que
impera e tudo aconteceu como resultado de uma livre escolha.